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Sexta-feira, 07 de Fevereiro de 2025

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Hamas liberta primeiras reféns parte do acordo de cessar-fogo com Israel

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Hamas liberta primeiras reféns parte do acordo de cessar-fogo com Israel

O cessar-fogo em Gaza começou neste domingo

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Hamas liberta primeiras reféns parte do acordo de cessar-fogo com Israel

Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher foram listadas como primeiras reféns a serem soltas pelo Hamas

 

O Hamas libertou neste domingo as três primeiras reféns envolvidas na primeira etapa do acordo de cessar-fogo em Gaza, negociado com Israel com a ajuda de mediadores internacionais. Doron Steinbrecher, Emily Damari e Romi Gonen foram entregues por militantes do grupo terrorista a representantes Cruz Vermelha pouco após às 17h10 (12h10 em Brasília), por quem foram transportadas até uma base do Exército de Israel ainda em território palestino e transportadas ao país. Em troca, o Estado judeu irá libertar 90 prisioneiros palestinos, mulheres e menores de idade, detidos em prisões do país.

Protesto: Em Tel Aviv, manifestantes pedem a libertação dos reféns e criticam a demora do governo de Israel em negociar com o Hamas — Foto: AFP

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A equipe da Cruz Vermelha responsável por receber as reféns começou a se deslocar ao encontro das vítimas por volta das 15h30 (10h30). Imagens transmitidas a partir da Faixa de Gaza, repercutidas na imprensa israelense, mostraram um comboio viajando para resgatar as mulheres. A entrega dos reféns foi transmitida ao vivo pela televisão israelense, horas mais tarde, em imagens que mostraram homens armados acompanhando as mulheres.

"As três reféns libertadas estão sendo acompanhados por forças especiais do IDF e forças do ISA em seu retorno ao território israelense, onde passarão por uma avaliação médica inicial. Os comandantes e soldados das Forças de Defesa de Israel saúdam e acolhem os reféns libertados enquanto eles voltam para casa, no Estado de Israel. A Unidade de Porta-Voz das IDF pede a todos que respeitem a privacidade das reféns libertadas e de suas famílias.", informou a Embaixada de Israel em Brasília, em um comunicado publicado às 12h42.

Um pouco antes, por volta das 15h, o Serviço Prisional de Israel começou a transferir os prisioneiros palestinos envolvidos na troca pelas reféns para a Prisão de Ofer, localizada ao norte de Jerusalém, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal israelense Haaretz. Uma equipe da Cruz Vermelha foi filmada entrando no local em meio à entrega dos prisioneiros em Gaza.

 

Na primeira troca, 78 pessoas, entre mulheres e menores de idade, serão libertados para a Cisjordânia e 12 para Jerusalém Oriental. Todos serão submetidos a exames médicos e verificações de identidade no complexo prisional, antes de serem transferido para a Cruz Vermelha (os que vão para a Cisjordânia) e para a Polícia de Israel (os que serão soltos em Jerusalém).

A confirmação da libertação dos reféns foi comemorada aos gritos por uma multidão reunida na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. A transferência das reféns da guarda dos militantes palestinos para os funcionários humanitários foi transmitida em um telão, e acompanhada por familiares das vítimas e por apoiadores.

Manifestantes exigem a libertação de reféns israelenses em Gaza em ato em frente ao Ministério da Defesa de Israel — Foto: Jack Guez/AFP

O presidente americano, Joe Biden, comemorou a libertação das mulheres israelenses pouco após a confirmação oficial da soltura pelo Hamas.

— Depois de tanta dor, morte e vidas perdidas, hoje as armas em Gaza estão em silêncio — disse Biden enquanto cumpria uma de suas últimas agendas no cargo, na Carolina do Sul.

O cessar-fogo em Gaza começou neste domingo após um atraso de quase três horas na divulgação pelo Hamas da lista com as identidades das reféns, com novos ataques israelenses sendo registrados no enclave palestino pela manhã — de acordo com a Defesa Civil de Gaza, administrada pelo Hamas, 19 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas.

O Hamas justificou que "complicações no terreno e a continuação dos bombardeios" motivaram o atraso no envio da lista com os nomes a Israel. Contudo, por volta das 11h15 (06h15 em Brasília), autoridades israelenses confirmaram ter recebido a confirmação do grupo palestino.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, comemorou a soltura das reféns israelenses. Em uma publicação na Truth Social, antes mesmo da confirmação da troca, o republicano escreveu: "Reféns começando a ser libertados hoje! Três maravilhosas jovens mulheres serão as primeiras".

Entenda o acordo
De acordo com plano apresentado pelos EUA em maio, que é a base do acordo aprovado agora, a proposta prevê a libertação — ou entrega de corpos — de 33 pessoas na primeira etapa, incluindo: (1) mulheres (cada uma delas em troca de 30 prisioneiras palestinas); (2) menores de 19 anos (cada um em troca de 30 presos menores de idade); (3) homens idosos com mais de 50 anos (cada um em troca de 30 idosos presos); (4) civis feridos ou doentes (em troca de presos doentes, mas limitado a 15 anos de tempo restante de prisão); e soldados mulheres (cada uma em troca de 50 prisioneiros palestinos, dos quais 30 condenados à prisão perpétua e 20 a outras penas limitadas a sentenças de 15 anos).

A previsão é de que os reféns sejam libertados gradualmente ao longo de 42 dias, com a seguinte divisão: no primeiro dia, três; no sétimo, quatro; no 14º, três; no 21º, três; no 28º, três; no 35º, três, com os 14 remanescentes na última semana da primeira fase. Estima-se que os prisioneiros palestinos devem começar a ser libertados gradualmente em relação aos reféns só depois das 16h locais (11h em Brasília) deste domingo.

Os 33 reféns, incluindo dois que foram sequestrados há dez anos, estão entre os 96 cativos (israelense e estrangeiros) ainda em Gaza desde o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel, que desencadeou a guerra — 157 foram resgatados em uma trégua em novembro de 2023 ou em operações militares. De acordo com o jornal israelense Haaretz, 36 estão mortos. Entre os reféns listados para essa primeira etapa, de acordo com o Haaretz, estão os irmãos Bibas, Ariel e Kfir, este último sequestrado quando tinha apenas dez meses.

As negociações para uma segunda e terceira fases começariam no "16º dia" após a implementação do acordo. A segunda fase, explicou o Haaretz, incluirá a libertação dos 65 reféns remanescentes. Apesar disso, não há garantias de que o acordo seguirá em vigor até o fim das primeiras semanas previstas ou prosseguirá para além da primeira fase. (Com AFP e NYT)

 

 

 

 

 

FONTE/CRÉDITOS: GE
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): GE
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