"Diplomação ou Maldição?
A Câmara do Puxadinho 2025/2028 Entra em Cena"
Há dias que ficam marcados pela ironia do calendário, e não há data mais apropriada do que uma sexta-feira 13 para diplomar uma leva de políticos cuja legitimidade já nasceu manchada pela desconfiança popular. No próximo dia 13 de dezembro, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná entregará os certificados da "vitória" eleitoral a um grupo que representa não apenas os eleitos, mas também o retrato perfeito do que muitos chamariam de decadência política.
Enquanto a prefeita reeleita, ) e seu vice, se preparam para mais quatro anos de gestão, a população se pergunta: quem realmente venceu essa eleição? Foi a vontade popular ou a habilidade em manipular os bastidores?
Uma eleição à altura do Halloween político
Com escândalos que vão desde a compra de votos até alianças suspeitas e uma campanha marcada por ataques pessoais e baixarias, a eleição de 2024 foi mais um desfile de vergonha pública do que um processo democrático. Em um espetáculo onde o jogo sujo reinou, não faltaram episódios dignos de um filme de terror: liderança comprada, boca de urna descarada e promessas de cargos que se transformaram em moedas de troca.
Grupo de Obediência ou Puxadinho Legislativo?
Se a Câmara Municipal já tinha sua credibilidade abalada, a próxima legislatura promete ser um show ainda mais deprimente. Circulam rumores sobre um "Grupo de Obediência 2025" – não um colegiado político, mas um simples grupo de WhatsApp onde os vereadores eleitos receberiam "instruções" diretas do Executivo para alinhar seus votos. Parece que o papel do Legislativo, outrora independente, está cada vez mais reduzido ao de um apêndice do Executivo.
Enquanto isso, a população olha para o plenário com a certeza de que ali poucos levantam a voz e muitos apenas levantam as mãos. Um Legislativo forte deveria ser a garantia de equilíbrio e fiscalização; o que São José dos Pinhais terá é um puxadinho político, frágil, desmoralizado e pronto para atender a qualquer ordem.
O azar é de quem?
Diplomados na data marcada pela superstição, os novos vereadores carregarão a desconfiança da população como uma sombra inevitável. Em um cenário de desilusão, o azar recai, mais uma vez, sobre o cidadão comum, que vê seus impostos financiando um teatro onde os atores já conhecem o roteiro: obediência, silêncio e conivência.
E a prefeita? Bem, já se consagrou como uma estrategista habilidosa, movendo peças no tabuleiro político com a precisão de quem conhece o jogo melhor do que ninguém. Sua vitória, no entanto, é vista por muitos como mais uma prova de que a política local é um terreno fértil para acordos de bastidores, em detrimento das demandas reais da população.
O futuro sombrio
A cerimônia de diplomação, aberta à comunidade, será uma oportunidade para observar de perto os rostos que decidirão o destino de São José dos Pinhais nos próximos quatro anos. Mas o que se espera desse grupo? Fiscalização rigorosa? Defesa dos interesses públicos? Ou simplesmente a repetição de um ciclo viciado onde o Legislativo é apenas um carimbo para as vontades do Executivo?
Na sexta-feira 13, os vereadores eleitos e a prefeita serão diplomados, mas a verdadeira pergunta é: será que a população continuará diplomada na arte de tolerar o descaso? Azar ou sorte, a única certeza é que o preço desse teatro político será pago por todos nós.
Comentários: