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Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025

São José dos Pinhais PR
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"Sexta-feira 13 e A Diplomação da Desconfiança: Quando o Azar É da População"

"Grupo de Obediência ou Representantes do Povo? O Teatro Político de São José"

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 "Diplomação ou Maldição?

A Câmara do Puxadinho 2025/2028 Entra em Cena"

 

Há dias que ficam marcados pela ironia do calendário, e não há data mais apropriada do que uma sexta-feira 13 para diplomar uma leva de políticos cuja legitimidade já nasceu manchada pela desconfiança popular. No próximo dia 13 de dezembro, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná entregará os certificados da "vitória" eleitoral a um grupo que representa não apenas os eleitos, mas também o retrato perfeito do que muitos chamariam de decadência política.

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Enquanto a prefeita reeleita, ) e seu vice, se preparam para mais quatro anos de gestão, a população se pergunta: quem realmente venceu essa eleição? Foi a vontade popular ou a habilidade em manipular os bastidores?

Uma eleição à altura do Halloween político

Com escândalos que vão desde a compra de votos até alianças suspeitas e uma campanha marcada por ataques pessoais e baixarias, a eleição de 2024 foi mais um desfile de vergonha pública do que um processo democrático. Em um espetáculo onde o jogo sujo reinou, não faltaram episódios dignos de um filme de terror: liderança comprada, boca de urna descarada e promessas de cargos que se transformaram em moedas de troca.

Grupo de Obediência ou Puxadinho Legislativo?

Se a Câmara Municipal já tinha sua credibilidade abalada, a próxima legislatura promete ser um show ainda mais deprimente. Circulam rumores sobre um "Grupo de Obediência 2025" – não um colegiado político, mas um simples grupo de WhatsApp onde os vereadores eleitos receberiam "instruções" diretas do Executivo para alinhar seus votos. Parece que o papel do Legislativo, outrora independente, está cada vez mais reduzido ao de um apêndice do Executivo.

Enquanto isso, a população olha para o plenário com a certeza de que ali poucos levantam a voz e muitos apenas levantam as mãos. Um Legislativo forte deveria ser a garantia de equilíbrio e fiscalização; o que São José dos Pinhais terá é um puxadinho político, frágil, desmoralizado e pronto para atender a qualquer ordem.

O azar é de quem?

Diplomados na data marcada pela superstição, os novos vereadores carregarão a desconfiança da população como uma sombra inevitável. Em um cenário de desilusão, o azar recai, mais uma vez, sobre o cidadão comum, que vê seus impostos financiando um teatro onde os atores já conhecem o roteiro: obediência, silêncio e conivência.

E a prefeita? Bem,  já se consagrou como uma estrategista habilidosa, movendo peças no tabuleiro político com a precisão de quem conhece o jogo melhor do que ninguém. Sua vitória, no entanto, é vista por muitos como mais uma prova de que a política local é um terreno fértil para acordos de bastidores, em detrimento das demandas reais da população.

O futuro sombrio

A cerimônia de diplomação, aberta à comunidade, será uma oportunidade para observar de perto os rostos que decidirão o destino de São José dos Pinhais nos próximos quatro anos. Mas o que se espera desse grupo? Fiscalização rigorosa? Defesa dos interesses públicos? Ou simplesmente a repetição de um ciclo viciado onde o Legislativo é apenas um carimbo para as vontades do Executivo?

Na sexta-feira 13, os vereadores eleitos e a prefeita serão diplomados, mas a verdadeira pergunta é: será que a população continuará diplomada na arte de tolerar o descaso? Azar ou sorte, a única certeza é que o preço desse teatro político será pago por todos nós.

FONTE/CRÉDITOS: EBENÉZER NETTO / JORNALISTA
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): REP PLAY
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